A logística, no contexto do Codiv 19, é uma indústria que apresenta um crescimento explosivo no Chile. Isso é demonstrado pelos 16.733 novos negócios criados pela Secretaria da Receita Federal (SII) em 2020 e pelo aumento de 387% nas vendas de e-commerce no país nesse mesmo ano, segundo dados da empresa Beetrack, especialista no assunto setor.
A tendência acelerada no último ano incorporou conceitos como última milha, pickup, self storage e mini armazéns na relação entre comprador e vendedor, que necessariamente definem a transformação do item que passou de espaços estáticos para outros de estações digitalizadas onde conceitos como clicar e coletar ou chave eletrônica são peças fundamentais para o crescimento do setor.
Embora a tendência tenha ficado evidente em função do incrível crescimento do e-commerce nos últimos anos, as novas soluções inteligentes do setor começaram a se acelerar no contexto da pandemia, apresentando soluções praticamente personalizadas às necessidades desta nova relação entre consumidor e vendedor, entre os que destacam, por exemplo, “guarda, entrega e retira”, “ponto de coleta”, “e-logística” ou “logística verde”.
Nesse contexto, não é mais necessário esperar dias ou dias para receber um produto perdido ou se reunir no Metrô para ter o produto em mãos, pois as soluções vão no sentido de se aproximar, cada vez mais, de um ponto de encontro intermediário e acordado entre vendedor e consumidor. É uma tendência sem volta a uma projeção que já ecoava pela Câmara de Comércio do Chile no início da pandemia. Com informações compiladas pelo Transbank, eles mostraram que para o primeiro mês completo (abril) de restrições ao deslocamento social por conta da pandemia de 2020, foi registrado um aumento de 250% nas vendas do e-commerce em relação ao mesmo mês de 2019. Naquele ano, o Chile já ocupava o primeiro lugar em vendas de comércio eletrônico per capita na América Latina, com US $ 314,4 em compras não presenciais por pessoa, impulsionadas pela penetração de bancos e da Internet.
Porém, ainda existem pontos críticos a serem resolvidos nesse novo processo de venda e compra de pessoas pela rede. Pelo menos isso é entendido em virtude das 37.400 reclamações, segundo dados da Sernac, oriundas do comércio eletrônico entre março e maio de 2020 no país. Assim, abordar o problema enfatizando o planejamento de empreendimentos adequados às necessidades das empresas e empreendedores e a gestão da informação online, é a recomendação de especialistas. Isso ocorre porque a logística hoje exige um gerenciamento de armazém ideal integrado a um processo total de vendas, porque o importante para os compradores é receber seus produtos rapidamente.
Desta forma, trabalhar em modelos de soluções inteligentes para a última milha, com estações integradas a aplicações tecnológicas, localizadas em espaços estratégicos da cidade, que garantam fácil acesso, segurança e funcionalidade 24/7, parece ser um caminho que as empresas devem levar para sobreviver à revolução comercial que a humanidade está experimentando hoje. Mas também, considerá-lo como uma engrenagem central no desenvolvimento do marketing digital que as marcas devem aperfeiçoar para se diferenciar da concorrência e, com isso, contribuir do negócio para a responsabilidade social corporativa.
Dom Teysseyre – CEO M3storage